Publicado em 24 de agosto de 2018.
Visionária, guerreira, caridosa e doce: assim era uma das mulheres mais importantes da história de Bom Despacho
Dia 31 de agosto, os bom-despachenses têm um encontro emocionante com um passado cheio de dificuldade, superação e amor. Neste dia, às 20 horas, a Prefeitura homenageará cidadãos e contará parte do trabalho realizado na cidade por Irmã Maria. Mulher simples, forte, caridosa e defensora dos pobres. Com muita coragem e determinação, ela ajudou a construir a escola que hoje leva seu nome. Durante 15 anos, doou comida, agasalho, trabalho e deu dignidade para muitas famílias da região do antigo Campo de Aviação, hoje São Vicente e Cidade Nova.
Vinte e cinco anos depois de sua morte, Irmã Maria ainda é amada por seus filhinhos. Sua obra está eternizada na memória dos bom-despachenses; na lembrança de cada mãe que passou a ter comida para alimentar os filhos; na história de retirantes que foram abrigados; no coração das pessoas que ela livrou da fome, da doença, do relento.
“Eu fui criada com Irmã Maria. Depois que ela saiu da Vila Vicentina e foi para o São Vicente, eu a acompanhei. Lá tinha muitos pobres e ela ajudava a todos. Distribuíamos sopa, roupas, remédios. Era tudo ganhado. Íamos para as roças e pedíamos donativos. Quando não tínhamos nada para fazer a sopa, ela me vestia de Espanhol e eu saía pela rua cantando e vendendo flores. O dinheiro arrecadado era usado para comprar alimentos, roupas e começar a levantar o colégio”, destaca Maria Concebida de Souza, uma das filhinhas de Irmã Maria.
Muita gente acreditava e ajudava nos projetos. “Recebíamos ajuda do Afonso Nogueira, do ex-prefeito, Antônio Leite. Ganhávamos até banda de porco para fazer e distribuir. Quando tinha casamento, os noivos mais pobres também recorriam à Irmã Maria. Ela ganhava os vestidos de noiva e emprestava. Depois me pedia para arrumar as noivas. Convivi anos com ela e aprendi demais com essa grande mulher”, lembra com saudade.
Veja a lista dos homenageados