Ex-Prefeito Célio Luquine
Célio Luquine
(1983-1988; 1993-1996)
Nascimento: 02 de julho de 1947
Filiação: Pedro Luquine e Raimunda Luquine
Cônjuge (s): Regina Coeli Melo Franco Gontijo; Jussara Aparecida Maciel da Silva
Filhos: Amanda Melo Franco Gontijo Luquine; Ana Carolina Melo Franco Gontijo Luquine; Célia Regina Melo Franco Gontijo Luquine; Raquel Melo Franco Gontijo Luquine; Mariana Maciel Luquine; Júlia Maciel Luquine.
Ocupação principal: Contador e político
Célio Luquine nasceu em Abadiânia, no interior de Goiás, em 02 de julho de 1947. Foi operário, professor, vereador, prefeito, suplente de deputado, secretário municipal, entre outros.
Seu avô, Romualdo Lívio Brasileiro, residente de Bom Despacho oriundo da família Fidélis, conheceu sua esposa Ambrosina Luquine em Feira de Santana, no estado da Bahia. Aí tiveram cinco filhos, entre eles Pedro Luquine. Numa visita à Bom Despacho, Romualdo contraiu tuberculose, falecendo pouco tempo depois. Sua esposa, Ambrosina, ficou viúva com os cinco filhos, permanecendo em Bom Despacho.
Pedro Luquine, quando adulto, ingressou à Banda de Música do 7° Batalhão e foi trabalhar em Perdigão, na época conhecida como Saúde. Nesta cidade, conheceu Raimunda, moça com quem se casou. Após o casamento, partiram para Abadiânia – GO, com o objetivo de cuidar da fazenda do sogro de Pedro. Ficaram por dez anos em Goiás, onde Célio nasceu em 1947. Em 1953, o casal regressou à Perdigão transferindo-se para Bom Despacho com os dois filhos, Selma e Célio. Na época, com apenas cinco anos de idade.
Na cidade de Bom Despacho, Célio Luquine ingressou no Grupo Escolar Cel. Praxedes, no qual concluiu o primário. Em seguida, estudou no seminário São Rafael, em Dores do Indaiá-MG, onde foi aprovado nos Exames de Admissão. No Colégio Tiradentes da Polícia Militar, concluiu o secundário, ginásio e científico.
Aos 12 anos de idade, Célio teve sua primeira experiência de trabalho na Oficina Mecânica dos Costas Irmãos, na Praça da Matriz. Também trabalhou como vendedor de verduras na Barraca do Juca, na Praça Santa Rita. Aos 14 anos, tornou-se operário tecelão da Fábrica de Tecidos da Cia. Industrial Aliança Bom-Despachense, na qual permaneceu por anos.
Entre 1968 e 1969, Célio trabalhou na atividade de apontador, auxiliando engenheiros nas obras de urbanização e ajardinamento da Praça da Matriz. Em 1970 foi aprovado no concurso público, tornando-se funcionário da Prefeitura de Bom Despacho. Foi secretário da Junta de Serviço Militar, trabalhou no Mobral – Movimento Brasileiro de Alfabetização e nos Serviços de Contabilidade da Prefeitura.
Sua carreira política começou em 1976, quando lançou candidatura para vereador, pelo partido MDB com vitória bastante expressiva para a época. Segundo Jacinto Guerra, foi uma das maiores da história política da cidade. Célio foi eleito secretário da Câmara Municipal, o que contribuiu para uma grande experiência política, beneficiada com o permanente contato mantido com a população.
Em 1979, formou-se como técnico em Administração de Empresa, na faculdade de Ciências Econômicas de Divinópolis – FACED. Foi secretário e professor do Colégio Comercial. Especializou-se em Administração Pública, pelo Instituto de Administração Municipal – IBAM – Rio de Janeiro; e concluiu o curso a nível universitário sobre Processo Legislativo e Economia Brasileira (Senado Federal e Câmara dos Deputados), em Brasília – DF.
Em 1981, assumiu as funções de assessor parlamentar do deputado Milton Lima Filho, na Assembléia Legislativa de Minas Gerais, em Belo Horizonte. No ano seguinte, aos 35 anos, elegeu-se prefeito de Bom Despacho pelo partido PMDB. Durante sua gestão, Célio Luquine desenvolveu a atividade política e administrativa de forma intensa. Várias as obras urbanísticas foram realizadas. Em convênio com o Estado, construiu o prédio do Terminal Rodoviário Pedro Tavares Gontijo.
Neste seu primeiro mandato, foi instituída a Fundação Cultural de Bom Despacho, que foi muito importante na realização de eventos de arte e cultura. Célio ainda, valorizou de forma expressiva a área cultural, dando atenção especial ao Reinado de Nossa Senhora do Rosário, e ao Carnaval. Apoiou pesquisas e a restauração da Maria Fumaça, antiga locomotiva que atualmente faz parte do Patrimônio Histórico de Bom Despacho.
Em 1992 elege-se como prefeito novamente. Ainda durante seus dois últimos mandatos, instalou-se na cidade o CAIC – Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente, onde funcionou também a Faculdade de Ciências Contábeis da UNIPAC – Fundação Universidade Presidente Antônio Carlos. Em parceria com a Prefeitura, o SESI-MG construiu o CAT Roberto Teixeira Campos – Centro de Atividade do Trabalhador, clube de esporte e lazer voltado para atender a classe trabalhadora. Com o apoio da Prefeitura, também foi consolidada a instituição do famoso Coral Voz e Vida.
Em 2000, ano de término do seu terceiro mandato, aposentou-se pela Prefeitura de Bom Despacho e disputou as eleições para vereador, a qual foi eleito.
Em 2007 voltou suas atividades na administração pública, trabalhando em Belo Horizonte como gerente de limpeza urbana na Regional Norte, onde permaneceu por 4 anos.
Célio Luquine casou-se em 1983, pela primeira vez, com Regina Coeli Melo Franco Gontijo, com quem teve quatro filhas: Amanda Melo Franco Gontijo Luquine, Ana Carolina Melo Franco Gontijo Luquine; Célia Regina Melo Franco Gontijo Luquine, e Raquel Melo Franco Gontijo Luquine. O segundo casamento foi em 1995, com Jussara Aparecida Maciel da Silva, com que teve duas filhas: Mariana Maciel Luquine e Júlia Maciel Luquine. Célio também possui dois enteados, Henrique Maciel Gontijo da Silva e Virgínia Maciel Gontijo da Silva.
Ao longo de sua vida, Célio Luquine recebeu variadas premiações. Foi convidado pelo Prefeito Fernando Cabral para assumir uma secretaria na Prefeitura. Tornou-se, então, Secretário Municipal de Meio Ambiente pelo período de um ano. Hoje, em 2019, Célio Luquine é Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico e Agricultura, órgão da Prefeitura que oferece patrulha mecanizada, que auxilia a agricultura familiar, através de convênio com a Associação de Agricultores Familiares do Engenho do Ribeiro e com a Associação de Agricultores Familiares do Mato Seco. Ademais, atua na reativação da FEBEM, com a criação de uma horta comunitária e o plantio de milho e de sorgo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GUERRA, Jacinto. Gente de Bom Despacho: histórias de quem bebe água da Biquinha. Brasília: Thesaurus, 2003.
Baseado em entrevista concedida por Célio Luquine a Secretaria de Cultura e Turismo.