Dia 8 de março, Dia Internacional das Mulheres. A data, proclamada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1977, marca a luta das mulheres por direitos iguais aos dos homens desde o início do século XX e serve não apenas para lembrar desta luta mas também como momento de reflexão sobre o papel da mulher na sociedade, os avanços e também no que falta para termos uma sociedade verdadeiramente igualitária para os gêneros.
A Prefeitura de Bom Despacho reconhece a força das mulheres na sociedade e investe em ações que promovam seu bem-estar e as valorizem. Algumas destas ações são:
Além disso, para marcar a data em Bom Despacho, as secretarias de Cultura, Esportes e Meio Ambiente estão preparando para hoje uma série de ações na Praça da Matriz, entre as 16h e 20h, especialmente para as mulheres. Confira a programação:
- Distribuição de mudas a partir de 16h;
- entrega de bombons a partir de 16h;
- aulão de ioga às 17h30;
- aulão de zumba às 18h30;
- mesa com frutas a partir das 17h30;
- exposição “Por Elas” de seis mulheres de Bom Despacho que marcam a história da cidade.
Saiba quem são as homenageadas na exposição “Por Elas”
Dona Fia (congadeira): Conceição Maria da Silva, 73 anos, nasceu em Bom Despacho. Além de ser conhecida como Dona Fia, ela também é chamada de Iabá, cujo significado é Mãe Rainha, nome dado aos orixás femininos Iemanjá e Oxum. Nascida e criada no bairro Quenta Sol, Dona Fia iniciou suas atividades no quilombo aos 12 anos de idade e desde então atua veemente na comunidade.
Dona Zita (quitandeira): Maria Madalena Soares, Dona Zita, nasceu em 1º de agosto de 1924, no Engenho do Ribeiro, distrito do município de Bom Despacho. Os pais trabalhavam na produção de polvilho e a ensinaram muito sobre trabalho duro. Aos vinte anos, começou a produzir quitandas de diversos tipos, como bolos, biscoitos de queijo, bolinho de rapadura, biscoito frito, entre outras delícias, todas produzidas em seu forno de barro.
Joyce Jaciara (ex-servidora pública): Joyce Jaciara Chaves Soares, nasceu em 7 de outubro de 1997, no município de Bom Despacho. Formada em Ciências Contábeis, mesmo sem ter muitos conhecimentos sobre a área cultural, ela mostrou dedicação e muita garra. Queria mudar realidades. Joyce estava engajada em desenvolver projetos que beneficiassem grande parte da população e, com o apoio da equipe, planejou e realizou eventos como a Virada Cultural, que se tornou uma tradição na cidade.
Laísa Santos (violinista): Laísa Santos Silva nasceu em 28 de dezembro de 2000, em Bom Despacho. Ainda criança, teve seu primeiro contato com o violino. Aos 8 anos, ela ingressou na Abap, localizada no bairro Ozanan, com o objetivo de dar vida aos instrumentos. Com a ajuda de grandes professores do projeto Crescendo com Música, ela passeou por instrumentos como a flauta doce e o teclado, mas sua verdadeira paixão foi o violino que, segundo ela, não é fácil de ser tocado mas traduz lindos sentimentos em forma de música.
Luísa Garbazza (escritora): Luisa Maria Garbazza Andrade, nasceu em 4 de setembro de 1960, em Bom Despacho. Com a ausência da televisão e do rádio, sua mãe, mulher muito criativa segundo Luisa, inventava várias maneiras de entreter os filhos. Mesmo sem estudos, Dona Maria da Conceição inventava mil histórias, tinha uma imaginação muito fértil. A progenitora introduziu a literatura na vida de Luísa e a apresentou à Biblioteca Municipal de Bom Despacho, onde ela conheceu várias obras.
Maria Marta (artesã): Maria Marta de Oliveira Araújo nasceu em 23 de dezembro de 1959, em Bom Despacho. Desde muito cedo ela teve contato com o artesanato. Nascida e criada no centro da cidade, ela aprendeu a bordar, costurar e também participou de aulas de pintura, onde aprendeu muito sobre arte. Aprendeu a tecer na máquina de tear da avó Marieta. Ela se envolveu em todo o processo: desde a retirada da lã dos carneiros até a confecção de lindas colchas. Para ela, essa era a principal brincadeira ao ar livre.
Igualdade de Gênero
Segundo dados divulgados pela ONU Mulheres, a igualdade de gênero pode gerar uma série de benefícios para as sociedades de todo o mundo como:
Aumento do PIB em 20%: Reduzir as diferenças de gênero no mercado de trabalho poderia aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) per capita em 20%.
Geração de 300 milhões de empregos: Reduzir as diferenças nos cuidados e expandir serviços com empregos decentes poderia gerar quase 300 milhões de empregos até 2035.
Segundo a ONU Mulheres, o desafio ainda é grande pois para alcançar a igualdade de gênero seriam necessários investimentos adicionais de US$360 bilhões por ano. E este investimento se faz ainda mais necessários pois se as tendências das crises atuais como conflitos geopolíticos, níveis crescentes de pobreza e os impactos das mudanças climáticas continuarem, mais de 342 milhões de mulheres e meninas poderão estar vivendo em extrema pobreza até 2030.